sábado, 6 de agosto de 2011

PRAÇA VISCONDE DE BIVAR

Topónimo anterior: Inexistente
Francisco de Almeida Coelho de Bivar - Portimão, 09.01.1824- Lisboa, Mercês, 02.01.1890

Visconde de Bivar por decreto de 07.03.1872. Ficou órfão de pai aos 9 anos de idade, pelo assassinato de seu pai pelas guerrilhas do Remexido. Depois de fazer a sua primeira educação em Inglaterra, regressou a Portugal, sendo Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra. Uma vez concluído o curso, regressou a Vila Nova de Portimão, onde se estabeleceu como advogado, ganhando a simpatia geral dos seus conterrâneos. Entre 1853 e 1868 foi eleito Deputado sete vezes, três pela cidade de Lagos e quatro por Vila Nova de Portimão, sendo um acérrimo defensor dos interesses da região algarvia e da sua terra natal, devendo-se à sua intervenção a construção da ponte sobre o rio Arade e o aterro do cais. Par do Reino por carta régia de 16 de Maio de 1874 tomou posse na Câmara dos Pares em 11 de Fevereiro de 1875. Exerceu ainda os cargos públicos de: Procurador à Junta Geral do Distrito de Faro por Vila Nova de Portimão; Conselho de Sua Magestade Fidelíssima; Juiz do Tribunal de Contas; Conselheiro do Tribunal de Contas. O Visconde de Bivar era, em 1874, o quarto maior contribuinte de Portimão, sendo um dos seus mais abastados proprietários. Pertenciam-lhe, entre outros bens, o Palácio Bivar, que actualmente funciona como edifício dos Paços do Concelho e as mais afamadas e extensas marinas de sal da freguesia de Alvor. Encontra-se sepultado no cemitério de Portimão, em jazigo, onde se encontra a sua pedra de armas. Vila Nova de Portimão homenageou-o, reconhecida, atribuindo o seu nome à principal praça da localidade. Mais tarde, também a cidade reconheceu o seu valor, mandando edificar um monumento com o seu busto, que se encontra no centro do Jardim Visconde de Bivar.

TOPONÍMIA:

A Praça Visconde Bivar era o quarto dos cinco talhões, separados por arruamentos, que resultaram do aterro do cais, compreendendo o actual Jardim Visconde Bivar e a Praça Manuel Teixeira Gomes. A Praça foi construída por iniciativa da Câmara e através de subscrição pública, tendo começado em Janeiro de 1905 a ser composto o jardim com palmeiras, outras árvores (como os pimenteiros, actualmente centenários), arbustos e flores apropriadas. Ao centro da praça, no local onde actualmente se encontra o busto do Visconde de Bivar, existia um lago com repuxo. Este espaço tornou-se imediatamente um importante local de passeio e centro de convívio social. Actualmente, 100 anos depois da sua construção, a Praça Visconde de Bivar voltou a ter a sua dimensão original, com a união à Praça Manuel Teixeira Gomes.

LIGAÇÕES:

A Praça Visconde Bivar tem ligação com as seguintes artérias: Rua Serpa Pinto, Rua Júdice Fialho, Rua Santa Isabel, Rua Júdice Biker, Praça Manuel Teixeira Gomes.


Praça Visconde de Bivar - Postal datado de 1905
Praça Visconde de Bivar - Postal datado de 1907
Praça Visconde de Bivar - Foto de 1910
Praça Visconde de Bivar - Postal datado de 1913
Praça Visconde de Bivar nos anos 1920
Praça Visconde de Bivar nos anos 1940
Praça Visconde de Bivar nos anos 1940
Praça Visconde de Bivar nos anos 1960
Praça Visconde de Bivar nos anos 1970
Praça Visconde de Bivar nos anos 1980
Praça Visconde de Bivar nos anos 1980
Praça Visconde de Bivar nos anos 1990

PRAÇA MANUEL TEIXEIRA GOMES

Topónimo anterior: Praça Visconde de Bivar


(Manuel Teixeira Gomes, Portimão 27-05-1860-Bougie, 18-10-1941)

Filho de José Libânio Gomes Gomes e de Maria da Glória, nasceu na, então, Rua dos Quartéis, em Vila Nova de Portimão, onde permaneceu até aos 10 anos, ano em que entrou para o Seminário Maior de Coimbra. Mais tarde matriculou-se em Medicina, na Universidade de Coimbra, mas nunca chegou a concluir o curso.
Mudou-se para Lisboa, onde contactou com uma série de intelectuais da época.
Representante internacional dos negócios de frutos secos do pai, viajou pela Europa, Norte de África e Próximo Oriente, o que veio a influenciar a sua criação literária.
Republicano, foi nomeado ministro plenipotenciário de Portugal em Inglaterra, em 1911.
Em 06 de Agosto de 1923 foi eleito Presidente da República, cargo que exerceu até 11 de Dezembro de 1925, data em que resignou ao cargo. De seguida auto-exilou-se no Norte de África.
Falecido em 1941, os seus restos mortais regressaram à terra natal em Outubro de 1950.
Em 11 de Dezembro de 1924, assinou o Decreto-Lei que elevou Vila Nova de Portimão a cidade.
Foi autor das seguintes obras literárias:
Cartas sem Moral Nenhuma;
Agosto Azul
Sabina Freire
Desenhos e Anedotas de João de Deus
Gente Singular
Cartas a Columbano
Novelas Eróticas
Regressos
Miscelânea
Maria Adelaide
Carnaval Literário

TOPONÍMIA:

Praça que resulta do aterro do rio, efectuado em finais do Século XIX, a Praça Manuel Teixeira Gomes fez parte integrante da Praça Visconde de Bivar até 1950, ano em que os restos mortais do escritor chegaram à sua terra natal.
Nesta praça, próxima dos cafés, realizavam-se as principais festas da cidade, inicialmente à volta do coreto e, em tempos mais recentes, à volta das várias esplanadas, como acontecia com as festas populares do 25 de Abril.
Até aos anos 1970 uma estrada passava em frente à famosa Casa Inglesa, estrada essa que veio a ser fechada no decurso das obras de requalificação, que levaram à demolição do coreto e à construção do lago com o monumento a Manuel Teixeira Gomes.
Já na década de 2000 a Praça Manuel Teixeira Gomes voltou a ficar unida à Praça Visconde Bivar, com o encerramento da estrada que separava os dois espaços, sendo um local de reunião por excelência, principalmente nas noites de verão.

LIGAÇÕES:

A Praça Manuel Teixeira Gomes tem ligação com as seguintes artérias: Largo do Dique, Praça Visconde de Bivar e Rua Júdice Biker.

Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1910)
Praça Manuel Teixeira Gomes e Casa Inglesa (Década de 1910)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1910)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1910)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1920)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1940)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1950)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1950)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1950)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1950)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1950)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1970)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1970)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1970)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1980)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1990)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1990)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1990)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 1990)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 2000)
Praça Manuel Teixeira Gomes (Década de 2000)

PRAÇA DA REPÚBLICA - ALVOR

Topónimo anterior: Inexistente

(Para notas biográficas ver Alameda da República)

TOPONÍMIA:

A Praça da República, em Alvor é uma zona de esplanadas, localizada em frente à Igreja da Misericórdia (actual capela funerária) e ao museu.

LIGAÇÕES:

A Praça da República tem ligação com as seguintes artérias: Rua 25 de Abril, Rua Dr. António José de Almeida, Rua Marquês de Pombal e Rua Dr. Afonso Costa.

Praça da República nos anos 1990 (Foto do Arquivo da CMP)

sábado, 23 de julho de 2011

PRAÇA 1º DE MAIO

Topónimo anterior: Largo do Sapal, Praça Rainha D. Amélia, Largo da Câmara, Largo 1º de Maio
1º de Maio de 1886

O 1º de Maio é o Dia do Trabalhador.
A ligação do 1º de Maio com o movimento operário teve início na cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América, no dia 1 de Maio de 1886, quando os trabalhadores decidiram fazer uma greve geral, com o objectivo de conseguirem a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. Inicialmente pacífica, ao fim de 3 dias começaram as escaramuças entre os trabalhadores e a polícia, que tiveram o momento alto com o rebentamento de uma bomba, que matou sete agentes. A polícia respondeu disparando contra a multidão, provocando vários mortos entre os trabalhadores.
Em 1889, foi decidida, em França, a realização de uma manifestação anual com o mesmo objectivo, que decorreu no dia 1 de Maio, em homenagem aos trabalhadores americanos. Na manifestação francesa de 1 de Maio de 1991, surgiram novos confrontos com a polícia, que matou 10 trabalhadores.
Só em 1919 a França ratifica o período de 8 horas de trabalho diário, proclamando o dia 1 de Maio como feriado nacional. Em 1920, foi a vez da Rússia seguir esse exemplo, a que se seguiram outros países.
Em Portugal o dia 1 de Maio só voltou a ser livremente festejado após o ano de 1974.

TOPONÍMIA:

Antigo aterro fronteiro ao sapal, neste local veio a ser construído, no Século XVIII, o Palácio Bivar. No lado norte, junto às casas ainda existentes, havia um fontanário, onde as pessoas se abasteciam de água. O Largo 1º de Maio era um aterro sem qualquer utilidade ou construção quando, em 1897, o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia, visitaram Vila Nova de Portimão. No entanto, tal não impediu que ao mesmo fosse dado o nome de Largo Rainha D. Amélia, certamente devido à nobreza que a presença do palácio dava ao local.
Só em 1954, quando o Palácio Bivar foi adaptado a edifício dos Paços do Concelho, foi edificado no local o Pelourinho, uma réplica do que foi destruído com a implantação da República (que se localizava no Largo do Pelourinho, actual Alameda) e que veio a ser igualmente destruído a seguir ao 25 de Abril de 1974.
No início dos anos 1960, o largo veio a ser delimitado, com a abertura de estradas, mas manteve-se um local sóbrio, onde apenas sobressaía a presença do Pelourinho.
Nos anos 1980, o Largo 1º de Maio veio a ser adaptado a jardim, que tinha no centro um lago com os brasões dos municípios do Algarve pintados em azulejos. Essa foi a forma do largo até finais de 1990, quando foi decidida a construção do parque de estacionamento subterrâneo e a requalificação do espaço. Durante anos, o espaço esteve vedado por uma protecção, enquanto se realizava uma obra que parecia não ter fim.
Actualmente, com o parque a funcionar e o largo requalificado, perdeu-se a sua delimitação física, a fonte deu lugar a um jogo de repuxos e tornou-se uma zona exclusivamente pedonal, decorada com um pequeno jardim. Aí se realizam alguns eventos de Verão.

LIGAÇÕES:

O Largo 1º de Maio tem ligações com as seguintes artérias: Rua Pé da Cruz, Rua Dr. Bastos, Beco dos Caldeireiros, Rua Damião Lemos Faria e Castro, Rua Carlos da Maia, Largo Heliodoro Salgado e Rua Teófilo Braga.

Zona do Sapal, vendo-se o edifício do palácio e o largo
Zona do Sapal, vendo-se o edifício do palácio, o largo e o fontanário
Edifício da Câmara Municipal de Portimão - 1954
Largo 1º de Maio - 1954
Largo 1º de Maio - 1954
Largo 1º de Maio início dos anos 1960
Largo 1º de Maio início dos anos 1960
Largo 1º de Maio nos anos 1980
Largo 1º de Maio nos anos 1990
Largo 1º de Maio nos anos 1990
Largo 1º de Maio em 2010