sábado, 23 de julho de 2011

PRAÇA 1º DE MAIO

Topónimo anterior: Largo do Sapal, Praça Rainha D. Amélia, Largo da Câmara, Largo 1º de Maio
1º de Maio de 1886

O 1º de Maio é o Dia do Trabalhador.
A ligação do 1º de Maio com o movimento operário teve início na cidade de Chicago, nos Estados Unidos da América, no dia 1 de Maio de 1886, quando os trabalhadores decidiram fazer uma greve geral, com o objectivo de conseguirem a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. Inicialmente pacífica, ao fim de 3 dias começaram as escaramuças entre os trabalhadores e a polícia, que tiveram o momento alto com o rebentamento de uma bomba, que matou sete agentes. A polícia respondeu disparando contra a multidão, provocando vários mortos entre os trabalhadores.
Em 1889, foi decidida, em França, a realização de uma manifestação anual com o mesmo objectivo, que decorreu no dia 1 de Maio, em homenagem aos trabalhadores americanos. Na manifestação francesa de 1 de Maio de 1991, surgiram novos confrontos com a polícia, que matou 10 trabalhadores.
Só em 1919 a França ratifica o período de 8 horas de trabalho diário, proclamando o dia 1 de Maio como feriado nacional. Em 1920, foi a vez da Rússia seguir esse exemplo, a que se seguiram outros países.
Em Portugal o dia 1 de Maio só voltou a ser livremente festejado após o ano de 1974.

TOPONÍMIA:

Antigo aterro fronteiro ao sapal, neste local veio a ser construído, no Século XVIII, o Palácio Bivar. No lado norte, junto às casas ainda existentes, havia um fontanário, onde as pessoas se abasteciam de água. O Largo 1º de Maio era um aterro sem qualquer utilidade ou construção quando, em 1897, o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia, visitaram Vila Nova de Portimão. No entanto, tal não impediu que ao mesmo fosse dado o nome de Largo Rainha D. Amélia, certamente devido à nobreza que a presença do palácio dava ao local.
Só em 1954, quando o Palácio Bivar foi adaptado a edifício dos Paços do Concelho, foi edificado no local o Pelourinho, uma réplica do que foi destruído com a implantação da República (que se localizava no Largo do Pelourinho, actual Alameda) e que veio a ser igualmente destruído a seguir ao 25 de Abril de 1974.
No início dos anos 1960, o largo veio a ser delimitado, com a abertura de estradas, mas manteve-se um local sóbrio, onde apenas sobressaía a presença do Pelourinho.
Nos anos 1980, o Largo 1º de Maio veio a ser adaptado a jardim, que tinha no centro um lago com os brasões dos municípios do Algarve pintados em azulejos. Essa foi a forma do largo até finais de 1990, quando foi decidida a construção do parque de estacionamento subterrâneo e a requalificação do espaço. Durante anos, o espaço esteve vedado por uma protecção, enquanto se realizava uma obra que parecia não ter fim.
Actualmente, com o parque a funcionar e o largo requalificado, perdeu-se a sua delimitação física, a fonte deu lugar a um jogo de repuxos e tornou-se uma zona exclusivamente pedonal, decorada com um pequeno jardim. Aí se realizam alguns eventos de Verão.

LIGAÇÕES:

O Largo 1º de Maio tem ligações com as seguintes artérias: Rua Pé da Cruz, Rua Dr. Bastos, Beco dos Caldeireiros, Rua Damião Lemos Faria e Castro, Rua Carlos da Maia, Largo Heliodoro Salgado e Rua Teófilo Braga.

Zona do Sapal, vendo-se o edifício do palácio e o largo
Zona do Sapal, vendo-se o edifício do palácio, o largo e o fontanário
Edifício da Câmara Municipal de Portimão - 1954
Largo 1º de Maio - 1954
Largo 1º de Maio - 1954
Largo 1º de Maio início dos anos 1960
Largo 1º de Maio início dos anos 1960
Largo 1º de Maio nos anos 1980
Largo 1º de Maio nos anos 1990
Largo 1º de Maio nos anos 1990
Largo 1º de Maio em 2010

domingo, 3 de julho de 2011

LARGO JÚLIO AMARO

Topónimo anterior: Inexistente
Júlio Amaro (Abrançalha, Abrante, 1931 - Portimão, 24 de Fevereiro de 2007)

Pintor e autor português.
Enquanto pintor, realizou a sua primeira exposição aos 16 anos de idade, no Instituto da Cartuxa.
Discípulo de Abílio Meireles e Mário Passos Reis, trabalhou com Stuart Carvalhais, Leitão de Barros, Fred Kradolfer e Lino António (frescos da sala e do átrio do Tribunal de Guimarães).
Autor de contos, novelas e peças teatrais, foi fundador e encenador do Grupo de Teatro Experimental "Início".
Entre 1961 e 1969, trabalhou como ilustrador numa editora portuguesa de banda desenhada e, sob orientação de Walt Disney, executou trabalhos inspirados nas suas séries infantis. Em 1970 trabalhou em Paris nas Editions Vaillant e Aventures et Voyages, ilustrando várias histórias de escritores Belgas e Franceses.
Foi fundador e encenador do Grupo de Teatro Experimental "Início",
Fundador do periódico "Crónica do Algarve" (1983) e da revista "Til" (2004), de que era editor.
Elegendo a cidade de Portimão como terra de residência, foi-lhe atribuída a distinção de "Munícipe de Mérito" pela Câmara Municipal em 1993.
Foi autor de dois trabalhos de banda desenhada sobre a história da cidade de Portimão.
A sua vasta obra plástica encontra-se espalhada um pouco por todo e país e no estrangeiro.

Peças Teatrais

Encontro com ninguém
Nos ombros a bagatela

Obras Literárias

Portimão Seus Varões e Sua História
Ao Encontro da História e das Lendas de Portimão

Obras Plásticas

Colecção de 50 aguarelas representativas dos locais mais belos e atractivos do Algarve
Retrato a óleo, em tamanho natural, de João Fernandes Leão Pacheco, localizado na alcaidaria de Guanare.
A Refeição, óleo sobre tela, localizado no Museu Diogo Gonçalves, em Portimão
Painéis a óleo da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, em Portimão
Banquete Romano, óleo sobre tela, localizado na Churrasqueira da Rocha - Praia da Rocha - Portimão
Autor das capas dos livros "Esta Riqueza Que o Senhor Me Deu...", de João Braz e "Reinventar Portugal", de Nuno Inácio

Exposições Individuais

1947 - Instituto Padre Oliveira - Oeiras
1949 - Casa de Nazaré - Lisboa
1954, 1959 e 1976 - Sociedade Nacional de Belas Artes - Lisboa
1955 - Galeria Babel - Lisboa
1970 - Galeria Giotto - Lisboa
1972 - Câma Municipal de Portimão
1973, 1974 e 1982 - Comissão Regional de Turismo do Algarve
1975 - Galeria do Hotel Balaia - Albufeira e Galeria do Hotel Algarve - Praia da Rocha
1976 - Galeria de Santo António - Lagos
1979, 1980, 1983, 1985 e 1987 - Ateneu Comercial do Porto
1980 - Bodas de Ouro da Casa do Algarve - Lisboa
1981 - Bodas de Ouro da Casa do Algarve - Porto
1981 - Liga dos Amigos de Abrantes
1986 - Galeria Capitel - Leiria
1991 - Universidade de Guanare - Venezuela
1994 - Galeria Euroarte - Lisboa
1994 - Misericórdia de Abrantes

Exposições Colectivas

1955 - Salão Primavera - Sociedade Nacional de Belas Artes - Lisboa
1956 - "Artistas Portugueses" - Barcelona
1959 - Junta de Turismo da Costa do Sol - Estoril
1961 - Salão de Outono - Estorial
1962 - Exposição Antoniana - Estoril
1970 - Artistas de Ar Livre - Casino do Estoril
1975 - Artistas do Algarve -Vilamoura
1975 - Galeria Painel - Lagos
1976 - Imprensa Nacional Casa da Moeda - Lisboa
1977 - Itinerante dos Pintores Representados nos Museus do Algarve
1978 - "Exposição Prémio José Malhoa" - Sociedade Nacional de Belas Artes
1979 - Salão Convívio - Sociedade Nacional de Belas Artes
1982 a 1985 - Salão de Outono - Estoril
1986 - Centro Cultural de Ferragudo
1987 - Pintores do Algarve em Moscovo
1988 - Galeria Antíqua - Porto
1989 - Sopal - Lisboa
1990 e 1993 - Parlamento Europeu - Estrasburgo

Representado

Museu Municipal de Olhão
Museu Diogo Gonçalves - Portimão
Museu Infante Dom Henrique - Faro
Museu Ferreira de Almeida - Faro
Junta Distrital de Faro
Museu Municipal de Gotemburgo - Suécia
Museu de Guanare - Venezuela
Região de Turismo do Algarve
Ateneu Artístico - Sevilha
Câmara Municipal de Portimão
Câmara Municipal de Faro
Câmara Municipal de Lisboa
Câmara Municipal de Abrantes
Ateneu Comercial do Porto
Embaixada da Argentina em Lisboa
Embaixada da Venezuela em Lisboa
Casa de Bragança - Lisboa
Casa de Sabóia - Itália

Distinções

1956 - Artistas Portugueses - Academia de Belas Artes - Barcelona - Medalha de Bronze
1962 - Exposição Antoniana - Estoril - Medalha de Bronze
1985 - Salão de Outono - Estoril - Primeira e Segunda Menção Honrosa
Academia Internacional de Pontzen - Nápoles - Académico de Mérito
Munícipe de Mérito da cidade de Portimão
(in www.genealogiadoalgarve.blogspot.com)

TOPONÍMIA:

O Largo Júlio Amaro existe desde 12.12.2009, data da inauguração do monumento de homenagem a este artista.

LIGAÇÕES:

O Largo Júlio Amaro tem como única ligação a Avenida Melvin Jones.

Monumento a Júlio Amaro, inaugurado em 12.12.2009 (foto de Nuno Campos Inácio)
Monumento a Júlio Amaro, inaugurado em 12.12.2009 (foto de Nuno Campos Inácio)
Inauguração do Monumento a Júlio Amaro (foto de Nuno Campos Inácio)

Inauguração do Monumento a Júlio Amaro (foto de Nuno Campos Inácio)
Inauguração do Monumento a Júlio Amaro (foto de Nuno Campos Inácio)

LARGO HELIODORO SALGADO

Topónimo anterior: Sapal
Heliodoro Salgado (1861-1906)

Jornalista português, nasceu em Santo Tirso, tendo falecido em Lisboa.

Iniciando a sua vida profissional como professor primário, iniciou-se no jornalismo escrevendo para o jornal O Protesto, do Porto.

Filiado na Maçonaria, chegou a pertencer ao conselho da Ordem.

Militante activo do Partido Republicano Português, colaborou em quase todos os jornais republicanos do país, chegando a director de A Portuguesa.

Heliodoro Salgado publicou uma colecção de divulgação denominada Pequena Biblioteca Democrática.

Entre os seus muitos folhetos e brochuras conta-se A Insurreição de 31 de Janeiro, editado em 1894.

Uma das vertentes mais significativas da acção de Heliodoro Salgado foi a luta anticlerical, travada ao longo de anos, em inúmeros artigos de imprensa.

Em 29 de Agosto de 1891, foi preso por delito de imprensa, tendo sido julgado em Junho do ano seguinte.

Em 1900 Heliodoro organiza uma conferência sobre A Revolução Comunalista de 1871, em 1903 sobreReligião e Ciência e, em 1906, uma outra sobre República e Comuna.

Falecido em 1906, foi a enterrar no dia 14 de Outubro.

No ano seguinte ao da sua morte é inaugurado em Lisboa o Centro Republicano Heliodoro Salgado, tendo sido alvo de uma homenagem na sede da Associação de Corticeiros.

TOPONÍMIA:

Antiga zona de Sapal, veio a ser aterrada no início do Século XX. Neste espaço vieram a surgir armazéns e o Cine-Esplanada, tendo servido de terreno para a realização de algumas feiras e como parque de estacionamento.

Actualmente, ai funciona um stand de automóveis e vários cafés, dotados de esplanadas.

LIGAÇÕES:

O Largo Heliodoro Salgado tem ligação com as seguintes artérias: Largo 1º de Maio, Rua D. Carlos I, Rua das Telecomunicações, Rua Cândido dos Reis e Rua Júdice Biker.

Largo Heliodoro Salgado, quando era simples sapal
Largo Heliodoro Salgado nos anos 1950

Largo Heliodoro Salgado em 2010
Largo Heliodoro Salgado em 2010

LARGO GIL EANES

Topónimo anterior: Inexistente
Gil Eanes - Séc. XV

Navegador Português, desconhecem-se as datas de nascimento e falecimento, sabendo-se apenas ser da cidade de Lagos, informação esta que consta das Crónicas da Guiné, no seu capítulo IX: “Como Gil Eanes, natural de Lagos, foi o primeiro que passou o cabo Bojador, e como lá tornou outra vez, e com ele Afonso Gonçalves de Baldaia.”.

Escudeiro do Infante D. Henrique, em 1433 partiu de Sagres com o intuído de dobrar o Cabo Bojador, mas desistiu, regressando desanimado.

Incentivado pelo Infante D. Henrique, que lhe recordou o serviço que faria à Nação e ao Senhor se realizasse tal empresa, Gil Eanes decidiu-se a partir, no ano de 1434, realizando o feito que lhe fora incumbido.

Regressando a Sagres, o Infante armou-o cavaleiro e deu-lhe várias recompensas.

Dobrado o Cabo Bojador, abriu-se caminho à navegação para Sul.

Gil Eanes que abriu o caminho, quis também alargar horizontes, participando na exploração da Costa Ocidental Africana. Nesta campanha, alcançou Angra dos Ruivos (1435), chegou às Ilhas de Naar e Tider (1444), aportou em Arguim (1445) e na Gâmbia (1446).

Depois destes feitos, o nome de Gil Eanes desaparece das crónicas, desconhecendo-se como e onde terá terminado a sua vida.

TOPONÍMIA:

Antigo Largo do Mercado, onde se vendia gado, ainda recentemente eram visíveis os bebedouros dos animais, próximo de onde se encontra a Estação dos Correios.

Alvo de requalificação, o largo de terra batida foi transformado em jardim e parque infantil, com um espaço para a prática de jogos.

No Largo Gil Eanes encontra-se uma Estação dos Correios. Num dos extremos do largo, existe um avião antigo sobre um alicerce de betão.

Em frente ao jardim, encontram-se os armazéns da célebre firma Cristinalda, criadora do licor Brandymel, feito à base de medronho e mel, cuja fama há muito que ultrapassou fronteiras.

LIGAÇÕES:

O Largo Gil Eanes tem ligação com as seguintes artérias: Rua Infante D. Henrique, Rua de São Pedro, Estrada de Monchique, Largo Engenheiro Sárrea Prado, Rua D. Maria Luísa e Rua Basílio Teles.

Largo Gil Eanes nos anos 1950 (Foto da colecção de Manuel Mendonça)
Largo Gil Eanes nos anos 1950 (Foto da colecção de Manuel Mendonça)
Largo Gil Eanes nos anos 1960 (Foto de Júlio Bernardo)
Largo Gil Eanes nos anos 1990 (Foto de Costumes e Tradições de Portimão)
Largo Gil Eanes em 2011 (Foto de Nuno Campos Inácio)
Largo Gil Eanes em 2011, edifício da Cristinalda (Foto de Nuno Campos Inácio)

Largo Gil Eanes em 2011, edifício da Pensão Baltazar (Foto de Nuno Campos Inácio)

LARGO FRANCISCO ANTÓNIO MAURÍCIO

Topónimo anterior: Rua da Barbacã

Francisco António Maurício

Natural de Portimão, era filho de outro Francisco António Maurício e de D. Maria da Glória.
Figura popular desta terra, era conhecido por ser rico, celibatário e usurário.
Grande proprietário rural, vivia na sua casa no largo que hoje tem o seu nome, onde funciona a Cervejaria Lúcio.
Desempenhou o cargo de Provedor do Hospital da Misericórdia.
Foi o dono do primeiro automóvel que existiu em Portimão.

TOPONÍMIA:

No Largo Francisco António Maurício localizava-se a antiga barbacã, ou seja, um muro anteposto às muralhas, com função de defesa.
Até à construção do aterro do cais e da ponte rodoviária, o largo era fronteiro ao rio, fazendo parte da, então, Rua da Barbacã, que acompanhava a muralha da vila.
Em finais do Século XIX, junto à casa do Maurício, funcionava um fontanário, propriedade da Sárrea Prado & Comandita.
Em tempos mais recentes teve uma bomba de gasolina e funcionou a esplanada da Cervejaria Lúcio, a farmácia Arade, o Consulado Britânico e vários escritórios.
Actualmente é um espaço de precisa de uma requalificação urgente, até por ser das primeiras imagens da cidade.

LIGAÇÕES:

O Largo Francisco António Maurício faz ligação com as seguintes artérias: Rua Serpa Pinto, Rua da Barca, Rua do Forno, Rua Professor José Buisel e Travessa do Capote.

Largo Francisco António Maurício no início do Século XX
Fontanário do Largo Francisco António Maurício (Postal da colecção de Manuel Mendonça)
Largo Francisco António Maurício (Foto da colecção de Manuel Mendonça)
Largo Francisco António Maurício em 2010, vendo-se a casa do mesmo (Foto de Nuno Campos Inácio)

LARGO ENGENHEIRO SÁRREA PRADO


Topónimo anterior: Inexistente
Topónimo popular: Largo ou Jardim da Estação.

Ângelo Sárrea de Sousa Prado

Engenheiro.
Filho do médico Ângelo de Sousa Prado e de D. Maria Rita Paula de Sárrea, terá nascido, provavelmente, em Lisboa, embora seja neto materno do portimonense Francisco de Paula Sárrea Tavares.
Membro da comissão africana da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Deputado nas legislaturas de 1880-81, 1882-83 e 1893.
Foi responsável pelo levantamento topográfico e elaboração de projectos de várias linhas de caminhos-de-ferro em Angola, como a linha entre Luanda e Ambaca (1876); Projecto do caminho-de-ferro do Rio Zaire ao Zambeje (1894).
Organizou e publicou em 1887 uma memória sobre a "Africa occidental portugueza. Angola. Caminho-de-ferro entre Loanda e Ambaca. Primeiros estudos technicos".
Em Portimão concorreu, conjuntamente com Jacinto Parreira e Joaquim d'Almeida Negrão, ao concurso para o abastecimento de água potável à vila, em 1882, sendo fundador da sociedade "Empresa de Abastecimento d'Águas Sárrea Prado & Comandita".
Foi o responsável pela constituição de uma companhia por acções, que tinha como objectivo o abastecimento de água à cidade de Luanda com água do rio Bengo, sendo os accionistas os próprios habitantes da cidade. A sociedade acabou por não ser criada, pela dificuldade em angariar a verba necessária para a concretização do projecto, mas o levantamento topográfico que fez do rio permitiu, posteriormente, o abastecimento da sua água à cidade.
O Engenheiro Ângelo de Sárrea Prado foi, ainda, o responsável pela construção do edifício dos Armazéns Grandela, em Lisboa.

TOPONÍMIA:

O Largo Engenheiro Sárrea Prado foi um terreiro simples até à construção do jardim, em 1947.
Este terreiro era limitado pelo bairro da Cruz da Pedra, edificado após a abertura da Rua Infante D. Henrique; pelo Matadouro Municipal (actual edifício do Polo de Portimão da Universidade do Algarve), inaugurado em 1914; pela Estação de Caminho-de-Ferro, inaugurada em 1922 e pela própria linha de caminho-de-ferro.
Com o desenvolvimento do transporte por comboio, surgiram armazéns, como o da Quimigal. Existia também uma serração, ao lado do matadouro.
Actualmente, com o declínio da linha-férrea, o largo apresenta algum abandono, embora nele se situe o Polo de Portimão da Universidade do Algarve e vários bares e cafés.

LIGAÇÕES:

O Largo Engenheiro Sárrea Prado tem ligações com as seguintes artérias: Largo Gil Eanes, Rua Vila Lobos, Rua António Feliciano Castilho, Rua Cruz da Pedra e Rua do Moinho.

Largo da Estação nos anos 1920 (Postal da Colecção de Manuel Mendonça)
Largo da Estação nos anos 1920 (Postal da Colecção de Manuel Mendonça)
Largo da Estação em 1945, festejando o fim da II Guerra Mundial
Largo Engenheiro Sárrea Prado em 2011 (foto de Nuno Campos Inácio)
Largo Engenheiro Sárrea Prado em 2011, antigo Matadouro Municipal adaptado a Polo de Portimão da Universidade do Algarve (foto de Nuno Campos Inácio)

Largo Engenheiro Sárrea Prado em 2011 (foto de Nuno Campos Inácio)
Largo Engenheiro Sárrea Prado em 2011, edifício da Estação (foto de Nuno Campos Inácio)