terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AVENIDA DR. FRANCISCO SÁ CARNEIRO

Topónimo anterior: Inexistente
Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro (19.07.1934-04.12.1980)
Natural do Porto, faleceu em Camarate, num acidente de aviação, que se suspeita ter sido provocado por um atentado.
Primeiro-Ministro de Portugal (03.01.1979-04.12.1980).
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, exerceu advocacia.
Foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Confronto e director da Revista dos Tribunais.
Eleito Deputado à Assembleia Nacional nas listas da Acção Nacional Popular, tornou-se líder da chamada Ala Liberal, onde apresentou propostas e iniciativas que visavam a transformação do Regime Salazarista numa democracia.
Colaborou com o projecto de revisão constitucional de 1970 e, não tendo alcançado os objectivos a que se propusera, acabou por resignar ao cargo de Deputado, em 02.02.1973.
Em Maio de 1974, após o Revolução do 25 de Abril, fundou, com Francisco Pinto Balsemão e José Magalhães Mota, o Partido Popular Democrata (PPD), assumindo as funções de Secretário-Geral.
Ministro-adjunto do Primeiro-Ministro no I Governo Provisório, foi eleito Deputado à Assembleia da República em 1975, não chegando a exercer o mandato por motivos de saúde.
Reeleito em 1976, assumiu a chefia da bancada parlamentar do PPD.
Eleito Presidente do Partido em Outubro de 1976, demitiu-se do cargo em Novembro de 1977, na sequência de convulsões internas.
Em 05.07.1979, com Freitas do Amaral (CDS) e Ribeiro Teles (PPM) forma a Aliança Democrática (AD), que lidera nas eleições legislativas intercalares de Dezembro de 1979, após a dissolução da Assembleia da República.
Alcançada a maioria absoluta, Sá Carneiro é chamado a formar Governo.
Nas eleições Presidenciais seguintes, apoia a candidatura do General Soares Carneiro, contra a do General Ramalho Eanes.
A campanha presidencial, viria a mostrar-se fatal para Francisco Sá Carneiro, uma vez que faleceu em 04 de Dezembro de 1980, num acidente de aviação, quando se deslocava para o Porto a fim de participar no comício de encerramento dessa campanha.
Nesse acidente, veio a falecer, igualmente, a sua companheira, Snu Abecassis.
Ainda hoje se discute se tal acidente se deveu ou não a atentado.
Da avultada obra escrita que nos deixou destaca-se:
As revisões da Constituição Política de 1933 – 1971;
Uma tentativa de participação politica - 1971
P.P.D. Partido Popular Democrático linhas para um programa – 1974
Por uma Social Democracia – 1975
Poder Civil. Autoridade Democrática e Social Democracia - 1975
Uma constituição para os anos 80 - 1979
TOPONIMIA:
A Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro foi aberta em finais da década de 1980, sendo até aí parte integrande de uma propriedade agrícola. Abrange, contudo, o pequeno caminho de terra batida , que acompanhava um barranco, que foi encanado quando da construção da nova avenida, caminho esse que terminava na Quinta do Morais, próximo do cemitério.
A sua primeira edificação foi o novo Quartel dos Bombeiros, construído em meados dos anos 1980. Posteriormente foi construída a Escola E.B. 2,3 José Buisel, ampliado o cemitério municipal, edificado o edifício do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e, recentemente, o novo Mercado Municipal, que tem acesso à sua garagem por esta avenida. É ainda uma importante artéria residencial.
LIGAÇÕES:
A Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro tem início no Largo Gil Eanes e termina na Avenida São João de Deus, tendo ligações com as seguintes artérias: Rua dos Bombeiros Voluntários de Portimão, Rua Fernando da Piedade Dias Castelo, Rua José Mendes Furtado, Travessa Francisco Sá Carneiro e Rua Francisco Alvo
Espaço actualmente ocupado pelo Quartel dos Bombeiros, antes da construção da avenida
(Foto de Urbano Santos)

Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro em dia de actuação da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Portimão (foto da página da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Portimão)

Existe, ainda, o topónimo Travessa Francisco Sá Carneiro.

1 comentário:

  1. Sim, à esquerda desta avenida, quem sobe em direcção aos bombeiros, encontram-se ainda algumas barracas, onde residem algumas famílias de etnia cigana. Nesse terreno baldio está a ser construído, penso que uma zona de mercado, com bancas, para os ciganos poderem fazer as suas vendas.

    ResponderEliminar