terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AVENIDA CAPITÃO FERNANDES LEÃO PACHECO

Outros topónimos: Avenida Marginal
Capitão João Fernandes Leão Pacheco (1543-1593 )
Fundador da cidade do Espírito Santo do Vale de São João de Guanaquanare, actual Guanare, capital do Estado de Portuguesa, na Venezuela, cidade geminada com a de Portimão.
Natural de Portimão, nesta cidade frequentou a escola, antes de ir, juntamente com os seus progenitores, para a cidade de Cádiz, no sul de Espanha.
Em 1564, a expensas suas, a que se juntou o apoio da Casa da Contratação de Sevilha, emigrou para a Venezuela, a bordo do navio San Antonio, acompanhado de outro Portimonense, Vicente Belo, que elaborou o documento da fundação da cidade de Guanare.
Nesse país veio Fernandes Leão Pacheco a casar com D. Mencia, de quem teve três filhos.
Juntando-se ao Capitão Diego de Losada, em 1566, foi um dos seus mais valorosos combatentes, tendo sido um dos fundadores das cidades de Santiago de Léon de Caracas (25.07.1567) e Nuestra Senhora de Caraballeda, em finais do mesmo ano.
Em 03.11.1591, funda a cidade de Guanare, sendo este o texto da sua fundação: “En nombre de la Católica Real Majestad del Rey don Felipe Nuestro Señor, segundo de este nombre fundaba y fundó y poblaba y pobló, en esta dicha provincia, riberas del Guanaguanare, la ciudad del Espíritu Santo del Valle de San Juan”.
Figura alvo de grato reconhecimento por parte do povo Venezuelano, que muito honra a cidade de Portimão, viria a estar associado, já após a sua morte e graças aos laços genealógicos, ao maior vulto da história da América Latina e pai da independência de vários países, como é o caso da Venezuela, uma vez que é ascendente de Simon Bolívar (saiba mais em http://www.genealogiadoalgarve.com/).
João Fernandes Leão Pacheco veio a falecer em 1593, encontrando-se sepultado na igreja da cidade.
Guanare é uma das cidades geminadas com Portimão.

TOPONIMIA:

Nos anos de 1950 a Câmara Municipal de Portimão decidiu homenagear o Capitão João Fernandes Leão Pacheco, atribuindo o seu nome à antiga Avenida Marginal.
Conquistada ao rio no último quartel do Século XIX, com a construção da actual muralha ribeirinha, foi alvo de recente requalificação, que a transformou na mais importante zona pedonal e de lazer da cidade, permitindo a viragem do centro histórico da cidade ao rio Arade.
Zona aberta, foi palco da maioria dos grandes eventos que, nos últimos anos, têm projectado a cidade de Portimão além fronteiras, como é o caso do Campeonato Mundial de Motonáutica, da Primeira Etapa do Rali Lisboa Dakar, da Feira do Livro, do Festival da Sardinha, das festas de Passagem de Ano, ou dos concertos que nesse espaço se têm realizado.
Com um passado ligado ao rio e à pesca, na sua muralha atracavam os barcos da faina para descarregar o peixe, que era vendido na antiga lota, localizada no espaço actualmente ocupado pelo Clube Naval de Portimão. Desse tempo, restam alguns pontos de amarra dos barcos e a grua que, actualmente, faz parte do complexo museológico.
A avenida apenas conta com duas edificações, ambas de grande importância para a cidade, sendo a mais antiga a Capitania do Porto de Portimão e a mais recente, na outra extrema, o Clube Naval de Portimão.

LIGAÇÕES:

Actualmente a Avenida Capitão Fernandes Leão Pacheco é inteiramente pedonal, não possuindo qualquer ligação rodoviária com outras artérias circundantes. Embora a Avenida tenha início na Capitania e termo no Clube Naval, em alguns mapas aparece como abrangendo toda a Zona Ribeirinha, desde a ponte ferroviária até ao Clube Naval, o que parece incompreensivel, uma vez que, pelo meio, encontra o Largo do Dique, a Praça Manuel Teixeira Gomes e a Praça Visconde Bivar.
Construção da Capitania (Foto de Luis Rodrigues)
Avenida Capitão Fernandes Leão Pacheco nos anos 1950 (Foto de Júlio Bernardo)
Antiga Avenida Marginal (Postal ilustrado dos anos 1960/1970)
Requalificação da Avenida Capitão Fernandes Leão Pcheco (Foto do Arquivo da Câmara Municipal de Portimão)

Avenida Capitão Fernandes Leão Pacheco vista do rio (foto de Nuno Campos Inácio)

1 comentário:

  1. Tenho pena de não poder ver o movimento dos barcos de pesca quando descarregavam o peixe junto ao mercado antigo.

    Gostei de ver a foto do edifício da Capitania.

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