terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AVENIDA D. AFONSO HENRIQUES

Topónimo anterior: Rua ou Avenida Nº 2
D. Afonso Henriques (25.07.1109 – 06.12.1185)
Primeiro Rei de Portugal (05.12.1143 – 06.12.1185)
Cognominado O Conquistador, terá nascido, provavelmente, na cidade de Guimarães, fruto do casamento do Conde D. Henrique de Borgonha, com D. Teresa, filha bastarda do Rei D. Afonso VI de Leão e Castela.
Casou, em 1146, com D. Mafalda de Sabóia, filha do Conde Amadeu III de Sabóia, de quem teve 7 filhos. Teve ainda, reconhecidos, mais 5 filhos bastardos.
Após a morte do Conde D. Henrique e da aliança de D. Teresa com Fernão Peres de Trava, Afonso Henriques opôs-se às políticas de sua mãe, ao ponto de, com o apoio de fidalgos e nobres portucalenses enfrentá-la e derrotá-la na Batalha de S. Mamede, em 1128.
Consolidada a sua autoridade no Condado Portucalense, inicia o período de conquista, inicialmente com invasões à Galiza e, posteriormente, com incursões ao Sul, dominado pelos Mouros, cujo ponto mais alto ocorreu em 1139, na Batalha de Ourique, donde saiu vencedor incontestado.
Em 05.10.1143, o Tratado de Zamora reconhece a independência do Condado, que se eleva a Reino, sob protecção pontifícia.
Em 1147, conquista as cidades de Santarém, Lisboa, Sintra, Almada e Palmela e, nos anos seguintes, Alcácer do Sal (1158), Beja (1162), Évora (1165) e Moura, Serpa e Juromenha (1166).
Em 1169, falhou a conquista de Badajoz aos Mouros, em parte graças à ajuda que Afonso VII lhes deu. Durante a tentativa de fuga a cavalo, Afonso Henriques chocou com o ferrolho de uma das portas da muralha exterior, tendo partido a perna direita. Capturado por cavaleiros leoneses, foi feito prisioneiro de D. Fernando II, que o libertou contra a entrega da Galiza.
Regressado a Coimbra, aí se manteve em convalescença durante alguns meses.
A partir desse ano e até à sua morte, em 1185, o governo do reino foi coadjuvado pelo seu filho, o futuro Rei D. Sancho I.
Afonso Henriques é um dos maiores vultos da História Portuguesa.

TOPONÍMIA:

Antiga zona de sapal e salinas, para onde foram deitados os entulhos da cidade após o terramoto de 1755, foi sendo urbanizada ao longo dos anos, tendo aí sido construídas fábricas de conservas de peixe e armazéns. A maioria desses edifícios ainda existe, embora adaptada a espaços comerciais, oficinas e stands de automóveis. No início da avenida, ainda se encontram as paredes do antigo Cine-Esplanada e, no local onde se encontrava o antigo Cine-Teatro da cidade nasceu um novo edifício habitacional/comercial.
Até então em terra batida, em 1941, quando era Presidente da Câmara o Dr. Frederico Ramos Mendes, foi alargada e pavimentada em paralelepipedos de pedra, como se mantém nos nossos dias.
Para esta artéria, encontram-se aprovados vários projectos imobiliários, que prevêem a construção de edifícios habitacionais, dotados de espaços comerciais, atractivos em termos arquitectónicos e que procuram ser preservadores do património histórico industrial, como é exemplo o Edifício A Fábrica, que manteve no seu projecto a antiga chaminé da fábrica que se encontrava nesse local.
Localizada na zona ribeirinha da cidade é uma das principais artérias de acesso à Praia da Rocha, sendo previsível que se venha a tornar uma importante zona de atracção da cidade, em termos residenciais, comerciais e de prestação de serviços.
Na Avenida D. Afonso Henriques localizam-se, actualmente, os Serviços de Segurança Social, uma Estação dos CTT e o Notário, sendo a artéria onde habitualmente fazem paragem os autocarros de grande percurso.

LIGAÇÕES:

A Avenida D. Afonso Henriques tem início na Rua Cândido dos Reis e Largo do Dique e termina na Rua D. Carlos I, tendo ligações com a Rua das Telecomunicações, Rua José António Marques, Rua 28 de Maio, Avenida Miguel Bombarda, Rua da Fábrica Liberdade e Rua Gonçalo Nascimento.
Antigo Cine-Teatro de Portimão (Foto retirada da página Costumes e Tradições de Portimão)
Avenida D. Afonso Henriques em 2011 (foto de Nuno Campos Inácio)
Avenida D. Afonso Henriques em 2011 (foto de Nuno Campos Inácio)

1 comentário:

  1. Também não cheguei a ver o edifício do Cine-Teatro, mas conheço quem o tenha visto e tenha muita pena pela sua demolição.

    Curiosa a história do entulho do terremoto de 1755.

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