terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AVENIDA LUÍS VAZ DE CAMÕES

Topónimo anterior: Inexistente Luís Vaz de Camões (1524/5-10.06.1580)
O maior poeta de língua portuguesa e dos melhores da Humanidade, com prestígio semelhante ao de Dante, Virgílio ou Shakespeare, Luís de Camões terá nascido em Lisboa ou Alenquer entre os anos 1524/5, sendo filho de Simão Vaz de Camões (bisneto do trovador galego Vasco Pires de Camões) e de Ana de Sá e Macedo (parente do navegador Vasco da Gama).
Tendo vivido algum tempo na cidade de Coimbra, onde frequentou o curso de Humanidades, trocou os estudos pelo ambiente da corte do Rei D. João III, tendo conquistado fama de poeta, entre os anos 1542/45.
Em 1549, seguiu para Ceuta, onde permaneceu até 1551. Foi nessa cidade que, durante um cerco, teve um dos olhos vazados por uma seta árabe.
Regressado a Lisboa, retoma a sua vida boémia, sendo-lhe atribuídas várias relações, que incluem a própria irmã do Rei D. Manuel I.
Caído em desgraça, foi desterrado para Constância.
Em 24.03.1552, embarca para a Índia na armada de Fernão Álvares Cabral.
Chegado à cidade de Goa, Luís de Camões integra a expedição de D. Afonso de Noronha contra o Rei de Chembe.
Fixado em Goa, nesta cidade escreveu o grosso da sua obra épica.
Entre Fevereiro e Novembro de 1554, integra a armada de D. Fernando de Meneses ao Golfo Pérsico e, em 1556, parte para Macau.
Neste território, Camões terá vivido numa gruta, onde terá escrito grande parte de “Os Lusíadas”.
Naufragando na foz do rio Mekong, conservou de forma heróica o manuscrito de “Os Lusíadas”, não conseguindo, contudo, salvar Dinamene, a sua companheira chinesa, que aí veio a falecer.
Em 1560, Camões regressa a Goa. Preso por dívidas, dirige súplicas em verso a D. Francisco Coutinho, para ser liberto.
Conseguindo a libertação, foi, em 1568, para a Ilha de Moçambique, onde vivia com a ajuda de amigos, por se encontrar na pobreza.
Regressado a Lisboa em 1570, com a viagem paga por Diogo do Couto, editou a obra “Os Lusíadas” em 1572.
Camões viveu na cidade de Lisboa até morrer, numa casa de Santana, tendo sido sepultado numa campa rasa numa das igrejas das proximidades.
Elevado a herói nacional, por ocasião do tricentenário da sua morte viu os seus restos mortais a serem trasladados para o Panteão Nacional, encontra-se actualmente sepultado no Mosteiro dos Jerónimos, num túmulo construído para o efeito em 1894 pelo escultor Costa Mota.
Com a implantação da República, o dia da sua morte (10 de Junho) passou a ser feriado nacional, actualmente com a designação de Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas (desde 1974).
Da sua obra, destacam-se:
Os Lusíadas (1572)
Sonetos:
Amor é fogo que arde sem se ver; Eu cantarei o amor tão docemente; Verdes são os campos; Que me quereis, perpétuas saudades?; Sobolos rios que vão; Transforma-se o amor na cousa amada; Sete anos de pastor Jacob servia; Alma minha gentil, que te partiste; Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades; Quem diz que Amor é falso ou enganoso
Teatro:
El-Rei Seleuco; Auto de Filodemo; Anfitriões

TOPONIMIA:

A Avenida Luís Vaz de Camões é uma artéria recente, que ocupa antigos terrenos agrícolas do Alto Alfarrobal. É uma artéria exclusivamente residencial, com loteamentos de vivendas.
LIGAÇÕES:

A Avenida Luís Vaz de Camões tem início na Rua da Pedra e termina na rotunda que serve de ligação às avenidas Fernando Pessoa e Gil Vicente. Tem ligações com as seguintes artérias: Rua José Malhoa, Rua Camilo Castelo Branco, Rua Eça de Queiroz, Rua do Turísmo e Rua Pedro Nunes.

Avenida Luís Vaz de Camões em 2011 (foto de Nuno Campos Inácio)

Avenida Luís Vaz de Camões em 2011 (foto de Nuno Campos Inácio)

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