Topónimo anterior: Inexistente
A Avenida Zeca Afonso terá sido aberta com a construção do Estádio do Portimonense, na década de 1970, sendo popularmente conhecida pela rua do estádio do Portimonense, ou por Rua do Portimonense. Até ao início da década de 1980 aí e pelas ruas envolventes realizava-se a Feira de São Martinho e, até à década de 1990 ainda era possível ir ao circo que era montado no espaço onde se encontra a sede da EMARP.
Professor, cantor e compositor português, nasceu em Aveiro e faleceu em Setúbal.
Filho de um Procurador da República, não acompanhou o progenitor na sua ida para Angola por motivos de saúde, ficando entregue aos cuidados de um casal de tios.
Viveu em África (Angola e Moçambique, depois de uma breve passagem pela sua terra natal) entre 1932 e 1938, ano em que regressou a Portugal, indo viver para Belmonte, na casa do seu tio Filomeno, Presidente da Câmara dessa localidade.
Obrigado pelo tio, fervoroso salazarista, chegou a envergar a farda da Mocidade Portuguesa.
Em 1940, José Afonso muda-se para Coimbra, começando a cantar quando frequentava o 5º ano do Liceu. Nessa cidade, frequenta as Repúblicas, cantando fados de Coimbra, tendo chegado a jogar futebol na Académica.
Em 1958 é professor em Alcobaça, tendo editado o seu primeiro disco nesse mesmo ano.
Em 1964, regressa a Moçambique, onde foi professor do Liceu. Nesse país inicia uma actividade política anti-colonial, que lhe traz problemas com a PIDE e a administração da Colónia, tendo sido detido por diversas vezes.
Regressado a Portugal em 1967 é colocado como professor em Setúbal. Entre este ano e 1970, torna-se um símbolo da resistência democrática, mantendo contactos com o PCP e a LUAR.
Em 1971, edita o disco que contém a música Grândola Vila Morena, que três anos depois será utilizada como senha para o início da Revolução de Abril.
Após o 25 de Abril, manteve forte actividade política, tendo apoiado a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho à Presidência da República, em 1976. Dez anos depois, veio a apoiar nova candidata presidencial, desta feita Maria de Lurdes Pintassilgo.
No ano de 1983, realizaram-se os seus dois últimos espectáculos, nos Coliseus de Lisboa e do Porto. Gravemente doente, recusa a Ordem da Liberdade que lhe é atribuída no final desse mesmo ano.
Em 1985, apesar da doença, ainda conseguiu editar o seu último disco.
Veio a falecer no Hospital de Setúbal, vítima de esclerose lateral amiotrófica.
Editou a seguinte discografia:
Balada do Outono (1960); Baladas de Coimbra (1962); Ó vila de Olhão (1964); Cantares de José Afonso (1964); Baladas e canções (1964); Cantares de andarilho (1968); Contos velhos rumos novos (1969); Menina dos olhos tristes (1969); Traz outro amigo também (1970); Cantigas do Maio (1971); Eu vou ser como a toupeira (1972); Venham mais cinco (1973); Coro dos tribunais (1974); Viva o poder popular (1974); Grândola, vila morena (1974); Com as minhas tamanquinhas (1976); Enquanto há força (1978); Fura fura (1979); Ao vivo no Coliseu (1983); Como se fora seu filho (1983); Galinhas do mato (1985)
Filho de um Procurador da República, não acompanhou o progenitor na sua ida para Angola por motivos de saúde, ficando entregue aos cuidados de um casal de tios.
Viveu em África (Angola e Moçambique, depois de uma breve passagem pela sua terra natal) entre 1932 e 1938, ano em que regressou a Portugal, indo viver para Belmonte, na casa do seu tio Filomeno, Presidente da Câmara dessa localidade.
Obrigado pelo tio, fervoroso salazarista, chegou a envergar a farda da Mocidade Portuguesa.
Em 1940, José Afonso muda-se para Coimbra, começando a cantar quando frequentava o 5º ano do Liceu. Nessa cidade, frequenta as Repúblicas, cantando fados de Coimbra, tendo chegado a jogar futebol na Académica.
Em 1958 é professor em Alcobaça, tendo editado o seu primeiro disco nesse mesmo ano.
Em 1964, regressa a Moçambique, onde foi professor do Liceu. Nesse país inicia uma actividade política anti-colonial, que lhe traz problemas com a PIDE e a administração da Colónia, tendo sido detido por diversas vezes.
Regressado a Portugal em 1967 é colocado como professor em Setúbal. Entre este ano e 1970, torna-se um símbolo da resistência democrática, mantendo contactos com o PCP e a LUAR.
Em 1971, edita o disco que contém a música Grândola Vila Morena, que três anos depois será utilizada como senha para o início da Revolução de Abril.
Após o 25 de Abril, manteve forte actividade política, tendo apoiado a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho à Presidência da República, em 1976. Dez anos depois, veio a apoiar nova candidata presidencial, desta feita Maria de Lurdes Pintassilgo.
No ano de 1983, realizaram-se os seus dois últimos espectáculos, nos Coliseus de Lisboa e do Porto. Gravemente doente, recusa a Ordem da Liberdade que lhe é atribuída no final desse mesmo ano.
Em 1985, apesar da doença, ainda conseguiu editar o seu último disco.
Veio a falecer no Hospital de Setúbal, vítima de esclerose lateral amiotrófica.
Editou a seguinte discografia:
Balada do Outono (1960); Baladas de Coimbra (1962); Ó vila de Olhão (1964); Cantares de José Afonso (1964); Baladas e canções (1964); Cantares de andarilho (1968); Contos velhos rumos novos (1969); Menina dos olhos tristes (1969); Traz outro amigo também (1970); Cantigas do Maio (1971); Eu vou ser como a toupeira (1972); Venham mais cinco (1973); Coro dos tribunais (1974); Viva o poder popular (1974); Grândola, vila morena (1974); Com as minhas tamanquinhas (1976); Enquanto há força (1978); Fura fura (1979); Ao vivo no Coliseu (1983); Como se fora seu filho (1983); Galinhas do mato (1985)
TOPONIMIA:
A Avenida Zeca Afonso terá sido aberta com a construção do Estádio do Portimonense, na década de 1970, sendo popularmente conhecida pela rua do estádio do Portimonense, ou por Rua do Portimonense. Até ao início da década de 1980 aí e pelas ruas envolventes realizava-se a Feira de São Martinho e, até à década de 1990 ainda era possível ir ao circo que era montado no espaço onde se encontra a sede da EMARP.
Na década de 1980 foi construído o Jardim das Águas Vivas. Mais recentemente foi a vez da Esquadra da PSP e do Edifício da EMARP. Com o encerramento do Palácio Sárrea Garfias, em 1999, o Posto do Turismo passou para esta avenida. Curiosamente este edifício, provisório, é o único que tem entrada principal pela Avenida Zeca Afonso. Na letar do edifício da EMARP encontra-se um conjunto artístico de elevado valor, que homenageia a água e a sua distribuição.
Existe actualmente, na Cãmara Municipal de Portimão, o Plano de Pormenor da Horta do Palácio que altera completamente todo o espaço envolvente a esta avenida e prevê o seu enceramento.
LIGAÇÕES:
A Avenida Zeca Afonso tem início na Praceta Major David Neto e termina na Avenida Miguel Bombarda. Tem ligação com a Rua José António Marques e com a Rua Pé da Cruz.
Avenida Zeca Afonso antes da construção dos edifícios da PSP e da EMARP (colecção particular)
Avenida Zeca Afonso nos anos 1990 (Foto do arquivo da C.M.P.)
Lateral do edifício da EMARP (foto de Nuno Campos Inácio)
Avenida Zeca Afonso durante as obras de remodelação do Estádio do Portimonense
(foto de Nuno Campos Inácio)
Entretanto o tal Plano Pormenor já foi aprovado. Encontrei este vídeo no youtube que mostra bem como vai ficar esta zona se o plano for avante.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=ODS_KflQ6Pw